Em 1992, o grande favorito à Casa Branca se chamava George H. Bush, o famoso Bush Pai.
Bush Pai havia derrubado a cortina de ferro em 89, tinha liderado – e vencido – o mundo contra Saddam Hussein, os EUA ainda eram o temido gigante mundial, e mais: havia sido o vice de Ronald Reagan, um ícone republicano ianque. Isso o tornava técnicamente imbatível à re-eleição.
Do lado democrata, a estrela era Mário Cuomo, que havia governado o Estado de Nova Iorque, e alavancava altos índices de popularidade.
Com medo de uma surra nas urnas, e temendo desgastar sua maior estrela, a cúpula do partido democrata resolveu poupar Cuomo em 1992, e lançá-lo a presidente somente em 1996, quando Bush Pai sairia da Casa Branca, e o embate fosse mais equilibrado. Com isso, escolheram como boi de piranha um matuto do Arkansas, pouco conhecido, jovem demais pros padrões presidenciais, e com pouquíssimas chances de derrubar Bush Pai. Seria um candidato de férias. O nome desse jeca do Arkansas era Bill Clinton.
De forma incrível, e explicado apenas pelo marketing político, Bill Clinton aposentou Bush Pai, e foi pra Casa Branca comer Mônica Lewinski. Passou oito anos lá.
Quanto a Mário Cuomo, ninguém sabe, ninguém viu.
Aqui no Brasil, o PSDB tentou algo parecido: com a derrota de Serra em 2002, lançaram Alckmin pra ser boi de piranha em 2006, para que sua estrela maior saísse vitoriosa em 2010. Esqueceram que o Brasil não é os EUA.
Em 2014, o boi de piranha do passado, poderá ser a grande estrela do futuro. E assim como Cuomo é hoje, em 2014 a grande estrela de 2002, será um ilustre desconhecido...esperemos pois.
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