domingo, fevereiro 13, 2011

Um freguês, um boleto e muita, muita paciência...

Estava eu lá no meu guichê, sentado, olhando a porta girtória girar, e eis que me adentra um homem com um boleto na mão.
Ele entrou direto pro meu guichê.
- Senhor, o senhor precisa pegar a senha alí...- falo enquanto aponto pro totem emissor de senhar.
Ele me lança um olhar de rabujo, e vai pra fila do totem.
Passados alguns minutos, eu finalmente o chamo.
Ele vem apressado. Apressado, e ansioso. Está suado, e a camisa amarela desabotoada até os mamilos é um espetáculo à parte.
- Ô amigo, eu quero a segunda via desse boleto...entende? - brada o freguês.
- O senhor quer a segunda via desse boleto aqui? - pergunto ao mesmo tempo em que aponto pro papel.
- Isso mesmo, desse aí mesmo... - confirma o freguês.
- Senhor, este boleto é do Banco Votorantim... - ressalto de forma calma e paciente.
- E não tira aqui não? - questiona o freguês impaciente e suado.
- Não...não tira aqui. Aqui é a Caixa Econômica do Zimbábue - esclareço.
- Mas o Votorantim não é da Caixa? - brada o freguês, tentando negociar um boleto.
- Não...não é não...é do Banco do Brasil...- informo enquanto me espanto com a burrice alheia, e com a minha paciência...ás vezes penso que não tenho sangue nas veias...
- Má rapá...e agora? - pergunta o freguês, enquanto me olha como se eu tivesse alguma coisa a ver com isso.
- Agora o senhor liga pro 0800 que está na fatura, e pergunta pro Votorantim... - enquanto falo, mostro o 0800 impresso no boleto.
Ele me lança um último olhar, olha pro boleto e descobre que há um 0800 impresso. Me agradece e vai embora.

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