sábado, novembro 13, 2010

Sobre cartões postais, modernidades e perfumes.

Confesso que nem sempre consigo diferenciar o aconxego do carinho verdadeiro, da solidão do carinho virtual, desses que nos mandam via scrap do Orkut.
Notei recentemente que ninguém mais te liga pra saber se você está bem, pra desejar feliz aniversário, ou pra combinar uma pizza. É tudo via Orkut, Twitter, Facebook e outras "mesas de bar virtuais".
Cartas para um amigo nem pensar!
Quando vejo cartões postais a venda, me pergunto pra quê servem...aí me vem um estalo, e eu acabo lembrando que antigamente, quando agente era criança ( e o mundo definitivamente era mais alegre e verdadeiro), as pessoas mandavam cartões postais como lembrança. Os cartões postais chegavam antes do emitente, e agente costumava ficar sentado na sala, olhando pra foto do postal, maravilhado com a possibilidade do mundo ser tão grande. Hoje ele ficou tão pequeno...
A internet encurtou distâncias, e destruiu o charme de coisinhas como cartões postais, fitinhas do Bonfim e chaveiros de osso de baleia. Lembra daquele tempo em que o seu cachorro comia os restos do jantar? E ele nem morria...acho até que era mais feliz...
Antigamente, quando você queria um perfume francês, haviam duas formas: ou você ia até a França comprar, ou você comprava daquela muambeira amiga da sua mãe, que trazia uns perfumes franceses com um leve sotaque guaraní...hoje chovem sites com troços, e a tal muambeira se aposentou para sempre. Coisas da modernidade...
Ê saudade do picolé mini-saia (dois sabores), do Viva o Gordo e do carrinho de rolimã. Ê saudade do tempo em que agente tratava gente, como se fosse gente!

Um comentário:

Alexandre Disraelly disse...

Massa!! Copiei lá pro blog!!

 
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