Yosef anda preocupado. De uns tempos pra cá, surgem boatos.
Falam de Míriam. Chamam-na de adúltera.
Falam em cumprir os costumes. Falam em apedejamento.
Yosef sente os olhares na marcenaria. Cada um deles o acusa.
Noite dessas Yosef bebeu demais durante o jantar. Lembra de ter sonhado com um anjo.
No sonho, o anjo pedia paciência a Yosef - dizia que o filho no ventre de Míriam, era filho do Eterno.
- Era só o que me faltava...- murmura Yosef.
A muito se comentava que o filho não seria de Yosef. Míriam casara grávida. Mas quem seria o verdadeiro pai?
Míriam jurava que nunca traíra Yosef.
O sonho dizia que o pai era o Altíssimo. Yosef não acreditava nisso: o Deus hebreu não engravidava as mulheres. Isso era costume dos romanos.
Mesmo assim, Yosef continuou casado. Apesar dos boatos, e do anjo no sonho, Yosef amava Míriam. Amava mais que tudo.
Cansado dos boatos, Yosef pegou Míriam prestes a dar a luz, e rumou para Belém, na Judéia.
Chegando em Belém, Míriam deu à luz em um estábulo. Chamou a pequena criança de Yeshua, um nome comum na época, e que significava "salvação".
Após o parto, Yosef rumou com a família para Nazaré. Lá criaria o filho de Míriam como se fosse seu, até que ele crescesse e se tornasse quem o anjo prenunciara num sonho bêbado de Yosef.
domingo, agosto 23, 2009
Yosef, o marceneiro.
Por Bony Daijiro Inoue às 1:17 AM
Marcadores: Contículos, Texto de segunda
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