Um dia desses um grupo radical islâmico me questionou sobre a minha religião.
Respondi sem sombra de dúvida:
- Sou brasileiro, convicto e praticante.
O mais velho, um barbudo parecido com o Bin Laden (ainda hoje penso que era o próprio), me olhou atravessado e perguntou que porra de religião era essa.
Respondi que tivesse mais respeito pela religião alheia!
Expliquei-lhe minha decisão de que o brasilianismo é a religião ideal. Ora, trata-se de uma religião autêntica, genuína, alinhada com os mais modernos conceitos do políticamente correto.
Os conceitos são bem simples. Um deles é a infinidade de divindades.
Sim, são vários os deuses. Do Deus Carnaval, ao Deus Réveillon, passando pelo Deus Páscoa e o Deus São João. Cada um adorado ao seu jeito, e o que é melhor: por todos. Em setembro teremos o Deus Sete de Setembro, com desfiles militares e um feriadão pra curtir uma praia, já que setembro é mês de sol...
Decidi, e isso cabe só a mim, que o brasilianismo terá como festa maior, o culto ao Carnaval. Se já não bastasse ser um feriado com quatro dias, ele ainda trás mulheres semi-nuas na TV aberta. Uma maravilha!
E no brasilianismo não tem essa coisa besta de pudor. Não senhor, quanto mais mulheres nuas, sexo selvagem e birita, melhor será!
Será o sincronismo perfeito entre sacanagem, e religião.
Quando terminei a explanação, sempre séria e científica, o mais velho ( que eu já disse que parecia com o Bin Laden) me olhou nos olhos e disse:
- Pra quê virgens no paraíso, se eu tenho putas na terra?
Esse Bin Laden...entendeu direitinho o espírito da coisa.
Um comentário:
Massa esse texto!
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