O cofre, a caixa e o chaveiro.

A Caixa Econômica do Zimbábue resolveu ampliar o prédio de uma de suas filiais, localizada a uns 260 kilômetros da capital.
Ampliação feita, resolveram construir um cofre novo na agência. Cofre novo instalado, foram usá-lo.
Correu tudo direitinho, até que o tesoureiro tirou férias. Ocorre que antes de tirar férias, o tesoureiro juntou todos os seus pertences pessoais, colocou tudo em uma caixa, e guardou no cofre novo. Fez isso, trancou o cofre, e foi embora pra casa.
Chega a segunda feira, e o substituto do tesoureiro chega pra assumir seu lugar. Procura pela chave do cofre, e ninguém sabe onde está. Rodaram a agência inteira, e nada da chave. Após algumas horas, era o povo parado na porta da agência, do lado de fora, e nada da chave aparecer. Era fim de mês, um monte de idosos esperando pra sacar a mixaria do INSS.
Até que alguém lembrou de ir no Banco do Zimbábue, pra ver se lá eles tinham uma cópia da chave. Nada.
Ligaram pro tesoureiro, que ainda estava na cidade, mesmo estando de férias. O tesoureiro procurou, procurou...até que lembrou ter colocado a chave dentro da tal caixa, dentro do cofre novo!
Passado metade do expediente, acharam um chaveiro que conseguia abrir a porta do cofre.
Em menos de quinze minutos, o chaveiro abriu o cofre.
Cofre aberto, o chaveiro olha pro gerente e diz:
- Tái, abrí. Vocês me devem cinco mil reais.
- Tá doido?! Você não levou nem quinze minutos! - retrucou o gerente.
Nisso, dum supetão, com a agilidade dum calango, o chaveiro trancou novamente a porta do cofre novo, girou o segredo e disse:
- Pois então agora, só eu abro esse cofre, e só abro por dez mil reais!
O gerente começou a chorar. Lembrou que não tinha acertado preço nenhum antes de contratar o chaveiro.
Conversa vai, choro vem, o chaveiro aceitou receber "apenas" os cinco mil reais iniciais. Ganhou o dia.
Quanto ao gerente, ele teve que explicar muita coisa....