Da minha casa pro trabalho, são uns 25 minutos de ônibus, isso por volta do meio dia. São uns 12 km, contando as curvas e desvios que os ônibus fazem.
Todos os dias, tanto na ida quanto na volta, sempre sobe algum pedinte. Sempre.
Hoje subiram quatro. Só na ida.
Na volta tinham dois.
Seis em um só dia. Dois ônibus.
O segundo que subiu, na ida, disse que era caminhoneiro, tinha sofrido um assalto, onde foi esfaqueado, espancado, e roubado. Pra completar a desgraça total, o filho tem paralisia cerebral. Ele entrou, contou o drama da vida dele, colheu alguns trocados e se sentou, como os outros passageiros.
Logo na parada seguinte, um menino de uns 12 anos subiu distribuindo pequenos bilhetes, onde pedia ajuda para comprar um carro de cachorro quente, pra ajudar a sustentar a mãe e os oito irmãos. Ao receber o bilhete do ex-caminhoneiro, notei que não havia dinheiro. Nem uma moeda.
Não, não há solidariedade entre pedintes.
quinta-feira, outubro 15, 2009
O pedinte insolidário.
Por Bony Daijiro Inoue às 12:23 AM
Marcadores: Coisas que aprendí pelo caminho, Dia a dia, Mundo Podre
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2 comentários:
Será que o ex-caminhoneiro era pedinte mesmo?!
Era sim...e eu não acredito que ele fosse caminhoneiro e pai de um deficiente....
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