quinta-feira, julho 23, 2009

Os fundos do cliente

- Ô mocinha, você pode ver quanto eu tenho no meu fundo? - pergunta o cliente
- Como é? - responde a atendente
- No meu fundo, quanto tem?! - responde o cliente, em voz alta, pois imagina que a atendente seja surda
- Senhor, eu não estou entendendo, o senhor colocou alguma coisa no seu fundo? - responde a atendente, em voz baixa, pois imagina que o cliente seja louco
- Minha filha...eu tenho um fundo aqui, na Caixa Econômica do Zimbábue! Eu botei dinheiro aqui! Aí tinha o fundo pra botá, e a popança pra botá...aí eu botei nu fundo, que rindia mió! - retruca o cliente, ainda em voz alta, pois imagina que a atendente, além de surda, seja burra
- Aaahhhh! O senhor fez uma aplicação financeira em fundos de investimentos... - suspira a atendente, ainda em voz baixa, acreditando na loucura do cliente
- ... - o cliente apenas observa a atendente. Ele tem certeza de que ela é surda, burra e rapariga.
- Qual o número da sua conta? - pergunta, de forma extremamente educada e polida, a atendente.
- Áh minha filha, eu não sei...- responde o cliente, que ao mesmo tempo se pergunta a sí mesmo, porque diabos precisa saber o número da sua conta.
- Então me dê o número do seu CPF...pra eu poder olhar aqui no meu sistema - pergunta a atendente.
- Olha minha filha, eu não trouxe os meus documentos não, mas precisa de tudo isso pra saber o saldo do meu fundo? - questiona o cliente, desconfiado.
- É que fica impossível descobrir qual o seu fundo de investimento, sem o seu CPF e número da conta. Mas vamos fazer assim, qual o seu nome? - pergunta a atendente, já impaciente.
- João da Silva - responde um entediado cliente.
O sistema encontra 678 pessoas com este nome. Após alguns minutos de conversa, o cliente informa que não é cliente daquela agência, mas sim de outra, em outra cidade. Promete entrar em contato com a sua agência, e a atendente promete que assim que puder, se aposenta.

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