"Novas demonstrações de que a família Sarney tem grande preocupação com a coisa pública - ao ponto de tratá-la como se fosse sua - são as revelações feitas nesta semana pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Uma neta do presidente do Senado, cujas conversas telefônicas foram gravadas numa investigação da polícia federal, reivindicou o "direito" de indicar o ocupante de um determinado cargo na Casa pelo fato de se tratar de um posto pertencente à família. Certamente, um órgão de Estado que funciona com base neste princípio - da posse privada (familiar ou clãnica) de cargos públicos - não pode operar num registro democrático - e nem republicano."
- Claudio Gonçalves Couto, professor de Ciência Política da PUC-SP e da FGV-SP, em coluna da Valor Econômico de hoje. -
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