Nos fundos da agência, funciona uma escola pra crianças.
O pátio deles é bem colado com a minha sala, de modo que eu quase que participo do recreio deles. Sim, eles tem recreio: são crianças, e se orgulham muito disso. Eu sinto inveja.
O recreio é a nossa hora mais feliz. Sim, nossa. Eu também me sinto parte desse recreio.
Por 30 minutos eu sou um homem mais feliz. E ainda sou pago pra isso.
Hoje eles tomaram banho de chuva. Pelos risos, parecia um comercial de sabão em pó, desses que a molecada corre na lama, com aquele sorriso de criança estampado no rosto.
Lembra o meu irmão caçula. Agente corria juntos na chuva. Éramos crianças.
O fato, é que eu os ouço correndo pelo pátio. Correm como se aqueles fossem seus últimos trinta minutos de vida.
Cada risada é um rostinho feliz, com uma história provável deveras interessante, pra contar sobre o recreio de hoje. Cada uma delas é um ponto iluminado na terra.
Deveria haver uma lei que nos permitisse voltar à infância.
Juro que tive vontade de sair, e correr praquele pátio cheio de risos. Um pátio de risos.
Eu não saí. O adulto chato que habita em mim foi mais forte, e me conteve.
Mas juro que um dia...ah, um dia eu driblo o adulto chato e me junto aos meus pares infantís.
E eu espero que nesse dia chova.
Porquê a felicidade tem que ser plena. Sempre.
quarta-feira, junho 24, 2009
Os risos do pátio dos risos.
Por Bony Daijiro Inoue às 12:55 AM
Marcadores: Coisas que aprendí pelo caminho, Texto de segunda
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Um comentário:
rpz, sobre a lei, tá facil! fala com teu amigo Fábio Faria... de repente ele topa fazer o projeto...rsrsr
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