domingo, maio 17, 2009

Sobre a justiça popular e a imprensa

Recentemente Natal foi palco de um crime, se não bárbaro, chocante ao extremo.
Imediatamente a imprensa divulgou o nome do suspeito de matar e esquartejar uma criança de 11 anos.
O crime ocorreu a cerca de uma semana. Ontem a casa do suspeito foi saqueada e queimada.
Populares invadiram e destruíram a casa.
Lembra daquele chavão: "todos são inocentes até que provem o contrário." ?
Agora, imaginem comigo que esta pessoa não seja culpada. Imaginem que ela seja inocente...não estou defendendo o sujeito, não é isso. A possibilidade da inocência deste cidadão existe.
Este é o problema. Neste exato momento, um inocente pode estar preso, ameaçado de morte, além de ter tido a casa saqueada e queimada...
Imaginem também, que o crime tenha sido cometido pelo acusado, dentro de sua casa. Temos aí a possibilidade de que provas importantes ao processo, tenham sido saqueadas e queimadas. Isso corrobora para que um facínora seja solto.
O fato em questão, nos mostra uma polícia despreparada, uma justiça má afamada e populares que atrapalham mais do que ajudam.
Querer justiça, não nos dá o direito de executar a justiça.
Odiar alguém não nos dá o direito de ser cruel com esse alguém.
Ações assim abrem espaço para duas situações: condenação de inocentes, e absolvição de culpados. E a sociedade não quer nenhuma delas...

2 comentários:

Alexandre Disraelly disse...

Muito boa amigo. Concordo em 100%.

Bony Daijiro Inoue disse...

E o pior, é que a investigação corre em segredo de justiça...
Parece até piada...

 
http://rpc.technorati.com/rpc/ping