Um Liso e os ônibus

Hoje fui pra uma das trocentas entrevistas de emprego que eu tenho agendada. Como a entrevista foi em uma empresa de Extremoz ( do outro lado da cidade), acordei mais cedo do que o habitual pra poder chegar na hora certa.
Saio de casa ás 06:15. Quando eu piso no ponto de ônibus, ele ( o ônibus!) aparece. Duas quadras depois ele quebra. Meia hora depois passa outro. Ao passar pelo Cidade Jardim, vejo Fawller. Ele parece que dorme. Deveria, são menos de 07:00h.
No final das contas, peguei quatro coletivos ( sendo um intermunicipal) só pra chegar atrasado no local da entrevista. Me sentí em uma metrópole!
Terminada a entrevista, atravesso a BR-101 ao estilo freeway ( aquele joguinho do Atari...) e espero outro ônibus.
O tal coletivo rodou mais de 50 minutos até me deixar na Ribeira. Havia ganho uns ingressos no site da Tribuna do Norte e resolví aproveitar a ida pra deixar uns CV´s na portaria do jornal.
Na Tribuna eu pego uma fila gigantesca, cheia de lisos pegando ingresso. A cena era meio surreal: umas patricinhas do Henrique Castriciano falando alto e uns playboys rodando a chave do Pálio do papai, como se fosse a chave da Ferrari do Bill Gates. Nessas horas a sociedade me agradece por não andar armado...ainda!
Ingressos na mão, corro pra Rodoviária Velha. Na verdade não corrí, porque vocês sabem: 85 kilos não se movem com tanto gracejo quanto acreditam alguns....
Mas enfim, cheguei á Rodoviária Velha. Fui comprar passes estudantís.
Aquela mistura de patricinhas do Salesiano com a pivetada da Ribeira é meio esquisita....é o tal conflito de classes!
Passes comprados, pego outro ônibus pra casa, o sexto do dia. São 11:40h da manhã.
Chego em casa por volta das 12:30h.