Ontem, no final daquela postagem sobre o Coronel Brilhante Ustra, eu comentei que a história deveria ser dita e nunca esquecida, pra que não houvesse chance de no futuro, algum maluco negasse que aquilo houvesse ocorrido.
Pois isto está ocorrendo.
Há uma onda de revisionismos, a exemplo de alguns neo-nazistas europeus, que negam que tenha havido um holocausto judeu. Concordo com eles, o holocausto não foi só judeu: foi humano. Não se trata de uma perda pro povo judeu, mas pra toda a humanidade.
A ONU considera que crimes de tortura e genocídio, não são crimes praticados contra um povo ou uma pessoa: são crimes cometidos contra a humanidade. O Talmude se inicia dizendo que quem salva uma vida, salva toda a humanidade.
Mas voltando ao Ustra. Fuçando pelo Google encontrei alguns sites que defendem a trupe de 64 e todos os atos praticados pelo regime. Nada contra essa gente...
Um deles é o Nadando contra a maré...vermelha, do Luis Afonso, de Porto Alegre/RS. O blog é, entre outra coisas, anti-comunista.
Ser contra uma idéia, não nos dá o direito á tortura, se é que existe tal direito...
Concordo que não há honra ou orgulho nos crimes praticados por ambos os lados. Não, não foi bonito o sequestro de embaixadores. Muito menos torturar alguém na frente dos filhos...
No Brasil, os revisionistas se queixam de um certo revanchismo.
Os revanchistas se queixam de impunidade.
Eu me queixo por termos perdido tanto tempo e tanta gente boa...
quarta-feira, novembro 29, 2006
Ainda o Ustra...
Por Bony Daijiro Inoue às 8:50 AM
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NO INÍCIO de abril de 1951, o poderoso governo soviético fez um ataque surpresa a um grupo de cristãos inocentes no oeste da União Soviética. Eram as Testemunhas de Jeová, que, aos milhares — incluindo crianças, mulheres grávidas e idosos —, foram colocadas em vagões de carga numa exaustiva viagem de trem de 20 dias até a Sibéria. Elas enfrentaram exílio permanente sob condições primitivas e inóspitas.
Em abril de 2001, o 50.° aniversário desse acontecimento histórico foi destacado em Moscou com o lançamento de um vídeo que documenta as décadas de opressão que as Testemunhas de Jeová sofreram na ex-União Soviética. No documentário, historiadores e testemunhas oculares contam como as Testemunhas sobreviveram e até mesmo prosperaram apesar da extrema opressão.
Este documentário, cujo título é As Testemunhas de Jeová na União Soviética — Fiéis sob Provas, já foi visto por milhões de pessoas na Rússia e em outros lugares, e foi aclamado com entusiasmo pelo público em geral e por historiadores. A seguir, apresentamos dois comentários de eruditos russos, que vivem na região para a qual a maioria das Testemunhas foi deportada.
“Gostei muito desse filme. Sempre admirei os membros de sua religião, mas depois de vê-lo, fiquei ainda mais impressionado com vocês. É bem profissional! Apreciei especialmente a maneira como mostraram cada pessoa em base individual. Embora eu seja ortodoxo e não pretenda mudar de religião, fiquei encantado com as Testemunhas de Jeová. Gostaria que nosso corpo docente tivesse uma cópia do filme. Meus colegas e eu decidimos apresentá-lo aos nossos alunos e incluí-lo no currículo.” — Professor Sergei Nikolayevich Rubtsov, reitor do corpo docente da cadeira de História da Universidade Pedagógica Estadual de Irkutsk, Rússia.é bem provável que as pessoas que fazem o bem recebem o bem mas quem faz o mal também recbe o mal.
abraço a todos felicidades
As Testemunhas de Jeová que vivem na Sibéria também apreciaram muito o documentário. A seguir, alguns exemplos de como reagiram:
“Durante a época em que estavam acontecendo os eventos mostrados nesse filme, não havia muitas informações sobre as atividades das Testemunhas de Jeová. Mas depois de as pessoas verem o filme, elas percebem que a nossa organização não é uma simples seita, conforme pensavam antes. Outros que se tornaram Testemunhas há pouco tempo dizem: ‘Não tínhamos idéia de que vivíamos e trabalhávamos junto com irmãos cristãos que sofreram tanto!’ Depois de ver o filme, uma Testemunha expressou o desejo de tornar-se pioneiro de tempo integral.” — Anna Vovchuk, que esteve exilada na Sibéria.
“Quando o filme mostrou a polícia secreta batendo na porta de uma família de Testemunhas de Jeová, eu estremeci. Era como se tivessem batido na nossa porta, e lembro-me da minha mãe dizendo: ‘Deve ser um incêndio em algum lugar.’ Mas o filme me fez lembrar também que muitas Testemunhas sofreram mais do que eu. Toda essa informação nos dá mais força e entusiasmo para continuar servindo a Jeová.” — Stepan Vovchuk, que esteve exilado na Sibéria.
“Sou filho de Testemunhas exiladas. Achei que já tinha ouvido tudo sobre aqueles tempos. Mas, depois de ver o filme, percebi que não sabia praticamente nada. Ao ouvir as entrevistas, meus olhos se encheram de lágrimas. Agora, esses eventos não são apenas histórias, mas acontecimentos reais. O filme fortaleceu minha relação com Deus e ajudou a me preparar para quaisquer dificuldades futuras.” — Vladimir Kovash, Irkutsk.
“Para mim, esse filme teve mais impacto do que um relato escrito. Quando assisti a ele e ouvi as entrevistas com os irmãos, me senti como se estivesse passando por todas as provações junto com eles. O exemplo do irmão, que enquanto estava na prisão desenhava cartões-postais para suas filhinhas, motivou-me a tocar o coração dos meus filhos com as verdades bíblicas. Muito obrigada! Esse filme fez as Testemunhas de Jeová na Rússia se sentirem, mais do que nunca, parte da organização mundial de Jeová.” — Tatyana Kalina, Irkutsk.
obrigada pela oportunidade
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