Carlão* é um negão, no sentido literal da palavra: sem racismos, que trabalha comigo. Deve ter uns 02 metros de altura. Antigamente, antes da velhice chegar, ele costumava ser usado como guindaste. Com uma vantagem: não precisava de motorista.
Carlão é casado com Sandra*.
Sandra é segurança de um banco público. Quem conhece, diz que ela é tão bruta quanto papel de enrolar prego. Dizem que Carlão é um doce comparado a ela.
Pois bem, Sandra um dia chega em casa e comunica a Carlão, que precisa de um colchão novo.
- Ora, então vá e compre...num precisa?!
- Vamo comigo escolher...
- Num tem o quê escolhê...é um colchão...
Dois dias depois, Sandra chega em casa com um daqueles colchões king size, com box e forro de cetim. Custou R$ 3.400,00.
Carlão adorou o colchão. Deitou, dormiu, fez coisas que os casais fazem entre quatro paredes...
Dias depois, Carlão encontra a nota fiscal, com o valor do mimo. Na leitura parca dele, estão sobrando alguns zeros...só pode ter havido um erro...
- Quanto foi esse colchão?
- três e quatrocentos mirréis...
- Quanto?!!
- três e quatrocentos mirréis...
- endoideceu? Como é que tú compra um colchão nesse preço?!
- num xie não, que quem vai pagar sou eu! ( a veia na testa começa a inchar...)
- ...
- ora...num lhe disse que ia comprar um colchão?
- mas num disse que era esse preço...
- pois foi assim.
Carlão tem medo de dormir na king size nova. Ele teme quebrar o brinquedo novo...afinal, ainda restam 06 parcelas...
* nomes fictícios para fatos reais.
quinta-feira, agosto 31, 2006
O Colchão de Ouro.
Por Bony Daijiro Inoue às 8:34 AM
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2 comentários:
Genial. Muito bem escrito.
Valeu!
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