Uma palavra traduz o novo filme do Spielberg, Munique: sensacional.
O filme narra o day after do atentado ocorrido nas Olimpíadas de Munique, em 1972.
Durante os jogos olímpicos, a delegação de Israel é feita refém de um grupo palestino ( Setembro Negro), que exije a soltura imediata de terroristas árabes. Israel se nega a negociar. A polícia alemã tenta um resgate, que fracassa, matando terroristas e reféns.
Até aí tudo normal. Mas até aí, se passam 20 minutos de filme. E os outros 140 minutos?
Os outros 140 narram os esforços do Estado judeu em promover a vingança.
Uma lista com 11 nomes é entregue a um grupo secreto, do ultra secreto Mossad. 05 são executados.
O filme não trata das execuções em sí. O filme mostra as várias visões de um mesmo tema: pode uma vida ser paga com outra? Violência controla violência? Qual a diferença entre justiça e assassinato?
Golda Meir faz uma pergunta no filme: as regras da civilização se aplicariam a grupos terroristas? Teriam eles os mesmos direitos de pessoas comuns?
Ao não defender uma opnião, Spielberg abre espaço para questionamentos. Esse é o ponto central do filme. Essa é a idéia.
Ao contrário de outros filmes norte americanos, em que mocinhos e bandidos são fundamentais para o bom entendimento da obra, em Munique, todos são bandidos e todos são mocinhos. Depende do seu ponto de vista.
Na obra, Avner Kaufmann ( Eric Bana) pergunta a um militante palestino: "como recuperar um país que nunca existiu?" em clara alusão á visão judaica de um Estado Palestino. "Há muitos lugares para os árabes, mas nenhum para os judeus" completa.
Munique toca ainda em dois outros pontos: dos franceses que cobravam por informação, e da CIA que protegia os palestinos...anos mais tarde, os papéis se inverteram. O Mossad, Serviço Secreto israelense, vendeu informações aos franceses sobre o paradeiro de grupos extremistas argelinos. Recentemente, jornais do mundo inteiro divulgaram notícia de que o Mossad havia informado os EUA do paradeiro de Bin Laden...ironias do destino....
E a propósito: comenta-se que o Mossad sabia dos atentados de 11 de setembro...
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Munich
Por Bony Daijiro Inoue às 8:32 AM
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