As charges da discórdia

A algumas semanas, temos visto nos meios de imprensa, crítica, manifestações, tumultos e mortes por causa de algumas charges publicadas por jornais europeus.
As charges são do Profeta Maomé, ícone do islamismo. O mundo islâmico se sentiu ofendido pelos desenhos. A imprensa mundial alega a sua liberdade de expressão. Até onde vai o direito de se expressar? Até onde vai, o seu direito de se sentir ofendido?
Em contrapartida, um jornal iraniano criou ontem um concurso de charges. Até aí tudo bem, se não fosse por um detalhe: o tema é o holocausto.
Não se trata mais de liberdade de expressão. Trata-se agora de vingança.
Embaixadores árabes exigem pedidos de desculpas, por parte de governos europeus. Mas não foram os governos que exibiram as charges. Foram jornais, revistas e emissoras de televisão, frutos do mundo livre e da liberdade de expressão.
Talvez, a liberdade de expressão, desconhecida no mundo árabe e vital para a democracia ocidental, cause expanto e indignação nas terras do Islã. Não se trata de simpatizar com americanos ou com mulçumanos. Trata-se de radicalismo.
Por coincidência, a Fox exibiu ontem á noite: " Bob, Deus e o Diabo" ( Bob, God and the Devil), que narra a estória de Bob, um homem suburbano ( tipo Homer Simpson) em sua luta pra salvar o mundo. Será que veremos cristãos apedrejando emissoras de tv, por causa disso? Duvido.