Em 1996, eu estava em Belém/PA
procurando um lugar pra morar em
definitivo.
Em uma das minhas tentativas, fui parar
em um pensionato só para filhos de japoneses.
Esse tipo de lugar é bem comum em Belém ou
em lugares grande população nipônica.
Pois bem. Fui morar nesse pensionato, que
por ironia do destino, era destinado a
nipo-evangélicos. A maioria adventista.
Imaginem, eu, em um lar adventista!!!
Os portões se fechavam ás 20:00, depois
disso, ninguém entrava ou saía. Todos os
dias, haviam as orações comunitárias, com
todos de mãos dadas no refeitório.
Ás 20:45 eu pulava o muro e ia pra casa de uma
namorada, que morava a uns 3 quarteirões.
De madrugada eu pulava o muro de volta.
Fiz isso durante um mês, depois saí de lá e
voltei pra Santa Izabel do Pará.
Tinha um lance bem surreal, que era
assim: como todo mundo falava japonês, tudo
era tratado em japonês. Na primeira semana eu
penei pra caramba! Eu não entendia nada!!! Depois
eu peguei o jeito da coisa. Quando eu não entendia
o que estavam falando, eu olhava pro lado, dava
um meneio de cabeça, balançava a cabeça pra
um lado, pra outro, fazia cara de reflexão e
dizia: ahnnn....é..., e saia de perto.
Não haviam telefonemas, a TV era regulada e até
o sono das manhãs de sábado era restrito.
Parecia um monastério.
Mas foi legal, me ajudou muito.
quarta-feira, dezembro 14, 2005
A casa dos monges
Por Bony Daijiro Inoue às 9:29 AM
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Um comentário:
Comentei com minha mãe sobre esse pensionato, ela lembra dele...ficava perto da escola da minha irmã...pensionato adventista...me lembrei do acampamento adventista que fui (imaginando ser aquelas colonias de ferias estilo americana) ledo engano hahahaha parecia um campo de concentração "heil Jesus" acho que até para ir ao banheiro tinha que orar....incrivel como essas passagens marcam
Bjo
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